terça-feira, 19 de novembro de 2013

Top 10 Musicais da Broadway

Eu não sei se sou a única, mas sempre sonhei em um dia poder sair cantando pela rua e as pessoas me seguirem dançando, ou subir em cima da mesa no refeitório e de repente tá todo mundo cantando junto - tipo nos musicais. Esse gênero sempre foi um dos meus preferidos, talvez por esse meu desejo ainda não ter se realizado (e ok, provavelmente nunca se realizará) ou porque é um tipo de filme/peça que, não importa a história, sempre nos alegra, de uma forma ou de outra. Como qualquer outra criança da minha época, eu era viciada em High School Musical, e acredito que foi aí que minha paixão por musicais surgiu, rs. Mas, recentemente, ao assistir Les Misérables (<3), esse amor voltou à tona e me tornei a viciada em Broadway que sou hoje. É claro que nesse meio tempo tive tempo de apreciar filmes com cenas cheias de gente linda dançando e cantando pra lá e pra cá, tipo Encantada, Enrolados <3 e 500 Dias Com Ela, naquela cena da praça. Mas hoje resolvi falar sobre os musicais da Broadway, porque sei que é muito mais complicado gostar dessas peças por serem de "difícil acesso" - simplesmente (e infelizmente) não dá pra ir à Nova York assistir peças todos os dias, e é difícil encontrar musicais inteiros gravados na internet. Por isso sou obrigada a me contentar com os vídeos disponibilizados pela Broadway.com e os álbuns que contém a maioria das músicas do teatro. Sem mais enrolações, este é o meu Top 10 Broadway's Favorite Musicals:

10- The Wizard Of Oz: Esse foi o primeiro musical que eu assisti, no Broadway on tour versão BR aqui na minha cidade. A parte mais WOW era quando a Bruxa Má do Oeste derretia (or not!!!) e quando caiu um monte de papelzinho prateado em cima da plateia. Foi o máximo. Não me lembro muito bem das músicas, porque faz muito tempo, mas com base no filme de 1939 (<3), minha favorita é, obviamente, Over the Rainbow.


9-  Spider Man: Turn Off the Dark: Esse musical conta, basicamente, a história do primeiro filme do Homem-Aranha. Só que, claro, com muita música e efeitos especiais muito loucos! Tem herói voando por cima da plateia o show inteiro (o que gera muitos acidentes e alguns funcionários do teatro já ficaram gravemente feridos). Minhas músicas favoritas são Rise Above e If the World Should End - e, infelizmente, hoje saiu a notícia de que o musical fechará em dezembro, porque eles tem a intenção de levá-lo pra Las Vegas :(


8- Big Fish: Desde que assisti (ano passado) ao filme, me apaixonei por Big Fish. Quando descobri que seria transformado em musical, surtei. Quando descobri que o Norbert Leo Butz ia ser o Edward Bloom, surtei ainda mais. Ele é um dos meus atores favoritos da Broadwau, e esse é um dos motivos pelos quais amo esse musical. É sobre a incrível vida que Edward Bloom teve, e suas histórias fantásticas demais para seu filho, já adulto, acreditar. É legal porque não fica explícito o que é real e o que não é, e cabe a você decidir em que acreditar. Melhor música: Fight the Dragons (não é a música original, mas acabei de descobrir esse vídeo e apaixonei)


7- Catch me If You Can: Ok, esse musical tem o melhor elenco ever. Aaron Tveit como Frank Abagnale Jr. e o Norbert Leo como Carl. Mas, deixando as tendenciosidades de lado, a história desse musical - pasmem - aconteceu. de. verdade. Frank é um garoto safadenho que se passa por piloto, médico e advogado sem ser profissional em nenhuma das áreas! Por ser um ótimo falsificador de cheques, é doentiamente perseguido por Carl Hanratty, um policial louquinho, rs. As melhor músicas são Live in Living Colors e Seven Wonders


6- Beauty and the Beast: Tive a oportunidade de assistir a esse musical em São Paulo há algum tempo, com a Patrícia do Rouge (sdds) como a Bela, rs. Saí completamente maravilhada do teatro, porque cara, o cenário se mexia sozinho! E minhas expectativas foram completamente superadas, porque como é coisa brasileira a gente sempre fica com preconceito. Mas Broadway é Broadway, e em qualquer lugar do mundo será lindo. Melhores Músicas: (só achei em inglês, rs) Belle e Beauty and the Beast


5- Newsies: Conta a história dos jornaleiros em Nova York durante os anos de 1890, mostrando a exploração das crianças nesse trabalho e como elas se revoltam com sua condição. Jack, o protagonista, tem o sonho de viver em uma pequena cidade rural, Santa Fe, para viver uma vida digna, mas ao mesmo tempo lidera a "revolução" que os meninos do jornal fazem. O musical tem muita dança, e isso o deixa ainda mais bonito de ver. A soundtrack é maravilhosa, o que é de se esperar - porque o Alan lindo Menken que a compôs. As melhores músicas são Seize the Day, Brooklyn's Here e King of New York
PS aleatório: O Davey é o melhor personagem de todos. Just saying.


4- Kinky Boots: Esse é o musical mais WUT da história, mas é demais. Conta a história de Charlie, um garoto que herda a fábrica de sapatos de seu pai, que estava quase indo à falência. Então Lola, um travesti muito demais (rs) entra em cena e convence Charlie a produzir Kinky Boots, aquelas botas enormes, que chegam até as coxas), que fossem mais resistentes para que os travestis possam usá-las sem quebrar o salto, rs. Depois de muitas tretas, dá tudo certo e as botas de Lola fazem sucesso pelo mundo todo. É. A história pode ser completamente zoada, mas carrega uma mensagem muito bonita. Durante o espetáculo, percebe-se que Lola, por mais confiante e glamourosa que pareça, tem suas inseguranças e sofre com o preconceito (pode ter sido minha TPM, mas chorei toneladas quando esse lado oculto de Lola era trazido à tona. Thumbs up pela maravilhosa atuação de Billy Porter!). Não é novidade que essa é a realidade de muitos homossexuais, e por esse motivo Kinky Boots tem o objetivo de acabar com essa discriminação. Nas palavras de Don, "you change the world when you change your mind". As melhores músicas são Step One, The History of Wrong Guys e Raise you Up/Just Be


3- The Lion King: Esse é o musical mais legítimo que já assisti ~live in living colors~, rs. Escolhi vê-lo quando fui à NY, e acredito ter sido uma ótima opção. É tudo lindo, como é de se esperar, e fiquei surpresa na forma como eles fazem os animais e tal. Até dei uma chorada durante Can You Feel the Love tonight, porque é realmente lindo. Não vou contar a história, assim como fiz com os clássicos, porque todo mundo já sabe. As melhores músicas: Can You Feel the Love Tonight, Circle of Life e Hakuna Matata


2- Les Misérables: Pra quem ainda não viu o filme, vá agora o musical conta a história de Jean Valjean. Como ele saiu da cadeia, salvou Cosette das mãos dos Thénardier e se escondeu de Javert durante muito tempo, entre outras coisas também importantes - mas que não vou falar pra não dar muito spoiller, rs. É um musical lindo, e por mais que o palco seja todo escuro e o cenário não seja lá aquelas coisas, é o vice da lista por ter uma história incrível e músicas à altura. As melhores são At the End of the Day, Master of the House, I Dreamed A Dream, <3 ABC Cafe + Do You Hear the People Sing <3 e Epilogue


1- Wicked: Eu amo esse musical por inúmeras razões, mas as mais válidas para esse post são o fato de esse ser um spin-off de O Mágico de Oz, que mostra o outro lado da Bruxa Má do Oeste, além de explicar o porque de a Dorothy ser levada à Oz e como o Homem de Lata, o Leão Covarde e o Espantalho viraram quem eles são - além de, claro, a amizade de Elphaba e Glinda. Wicked, diferentemente da história de Dorothy, é mais pesada e profunda. O musical nos faz perceber que, por mais clichê que pareça, as aparências realmente enganam. Além disso, o final não é o que todos esperam, e nos deixa indignados pela injustiça contra Elphaba, uma garota muito poderosa e que só queria fazer o bem. Outro fator relevante é a trilha sonora, que pra mim é a melhor dessa lista. As músicas tem um estilo muito apropriado pra história, meio mágico e em algumas vezes sombrio. É simplesmente demais. Existem alguns vídeos completos no Vimeo e, embora a imagem esteja bem ruim, vale a pena assistir. Btw, Wicked completou 10 anos em outubro! YAY! Melhores músicas: o álbum inteiro Dancing Through Life (com o lindo do Aaron Tveit), The Wizard and I, What is this feeling, <3 Defying Gravity <3, Thank Goodness e For Good. Que fique claro que eu tive que fazer um enorme esforço pra não colocar todas as músicas aqui, rs.


PS aleatório que poucos entenderão: Toss Toss!
PS2 aleatório que alguns entenderão: Not all can come and go by BUBBLE!
PS3: Eu precisava colocar esses PSs. Eu simplesmente PRECISAVA.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Sobre Zumbis e Cavalos Alados

   Quando se fala em jogos de celular, a primeira coisa que vem à cabeça dos pais, tios e aspirantes a psicólogos é aquele famoso discurso iniciado por "o celular distancia pessoas". Por mais que eu seja da era virtual, meu pensamento sempre foi um pouco old-style, e por esse motivo sou contra a enorme dependência dos jovens de seus telefones - e nem por isso escapei do avanço da tecnologia, embora tenha resistido por um tempo considerável. Há algum tempo adquiri um smartphone, e isso tem se tornado uma desculpa a mais para me isolar das pessoas e utilizar seus recursos
   Hoje não foi diferente. Como de praxe, eu jogava meu mais recente vício, Zombie Tsunami, enquanto esperava meu pai me buscar na escola. Esses jogos tem, realmente, o poder de nos alienar dos acontecimentos a nossa volta, porque só fui notar a pequena multidão de crianças ao meu redor ao perder a partida. Havia 3 ou 4 pimpolhos observando atentamente meu jogo, e quando perdi um deles comentou: "nossa, você é boa!". Eu, por não saber exatamente como reagir, ofereci o celular para que eles jogassem, mas ninguém aceitou - o que não aconteceu na segunda vez que perguntei. E foi assim que, dentro de alguns minutos, fiquei amiga da Gabriela, Heloisa e seu irmão - cujo nome não lembro.
   Posso ser ridícula por isso, mas nunca me canso de ouvir as observações que as crianças fazem, sobre qualquer coisa que seja. A Helô comentou que um dos zumbis parecia o Neymar, por ter um topete semelhante ao do jogador. E que outros dois eram dançarinos, por usarem perucas coloridas e extravagantes. Achei totalmente válidas as observações, e concordei com ambas. Só lamentei não ter mais esse hábito de usar minha criatividade para coisas tão simples como essas.
   Depois de jogarmos durante algum tempo, tive de ir embora. Feliz pela situação inusitada, triste por deixar minhas novas amigas. Fui à Ioga, onde conversei com minha professora sobre livros, vestibular e fobias. Como é de se esperar, saí de lá relaxada, e estava conversando com meu pai no carro, durante o trajeto de volta, quando ele disse: "olha o céu ali, que lindo", apontando para um conjunto de nuvens. E então, de forma totalmente espontânea, soltei um "aham, parece um cavalo alado!". E foi assim que percebi, da forma mais inesperada possível, que havia recuperado minha criatividade.